Na véspera, a moeda norte-americana teve ganho de 0,25%, cotada em R$ 5,4755. Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,22%, aos 126.548 pontos. Notas de dólar.
Reuters
O dólar opera em queda nesta terça-feira (9), à medida que investidores repercutem o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, em sabatina no Senado americano.
Powell afirmou que a inflação do país “permanece acima” da meta de 2% do Fed, mas tem melhorado nos últimos meses. (veja mais abaixo)
Por aqui, o dia é de atividade reduzida, por conta do feriado de 9 de Julho, que celebra a Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo.
Assim, a expectativa permanece com os novos dados de inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que devem ser divulgados na quarta-feira (10).
O mercado ainda repercute o anúncio de um novo aumento de preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras feito pela Petrobras, que entra em vigor nesta terça-feira.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, oscilava entre altas e baixas.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 15h34, dólar operava em queda de 1,05%, cotado em R$ 5,4181. Na mínima, chegou a R$ 5,4131. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda encerrou o dia com alta de 0,25%, vendida a R$ 5,4755.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,25% na semana;
recuo de 2,02% no mês;
alta de 12,84% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,46%, aos 127.130 pontos.
Na véspera, o índice teve alta de 0,22%, aos 126.548 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,22% na semana;
ganhos de 2,13% no mês;
perdas de 5,69% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Nesta terça-feira, investidores estão de olho na agenda externa, já que o feriado de São Paulo reduz a atividade no país.
O foco fica com as sinalizações sobre os próximos passos do Fed na condução de política monetária, com discurso do chair, Jerome Powell.
Em depoimento ao Congresso dos EUA, Powell afirmou que a inflação do país “permanece acima” da meta de 2% do Fed, mas tem melhorado nos últimos meses. Ele acrescentou que novos dados positivos fortaleceriam o argumento para cortes na taxa de juros.
“Mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%”, disse.
Ter uma inflação em direção à meta é um dos requisitos para a flexibilização da política monetária.
Powell também comparou a falta de progresso nos primeiros meses do ano com a melhora recente nos dados. Na prática, o cenário mais positivo ajudou a construir uma base de confiança de que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir.
Além disso, ele observou que o Fed agora está preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia caso as taxas permaneçam altas durante muito tempo.
“Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos”, disse Powell.
O presidente do Fed afirmou ainda que o mercado de trabalho parece estar “totalmente de volta ao equilíbrio”, observando que “à medida que fazemos mais progressos na inflação e o mercado de trabalho permanece forte”, os cortes nas taxas de juros farão sentido em algum momento.
Na sexta-feira, dados de empregos norte-americanos mostraram, de fato, um mercado de trabalho que começa a se equilibrar. Enquanto o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) deve ser divulgado na quinta-feira, a inflação ao produtor dos EUA deve sair na sexta-feira.
Os comentários de Powell podem reforçar as expectativas de mudanças na declaração de política monetária a ser divulgada após a reunião do Fed de 30 a 31 de julho, que pode abrir a porta para um corte nas taxas em setembro. A probabilidade de corte em setembro agora está precificada em cerca de 70% no mercado.
No cenário doméstico, o mercado financeiro também está à espera de novos dados do IPCA (a inflação oficial do Brasil), que devem ser divulgados na próxima quarta-feira.
Segundo analistas da XP Investimentos, a expectativa é que o grupo Alimentação e bebidas continue variando fortemente, ainda em reflexo da tragédia vista no Rio Grande do Sul. Já o grupo de serviços e monitorados devem recuar na margem — o primeiro por conta da deflação das passagens aéreas e o segundo pela desaceleração da energia elétrica.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda deve divulgar indicadores dos setores de comércio e serviços entre quinta e sexta-feira.