Acusação marca a primeira vez que a Aliança do Atlântico Norte (Otan) reconhece a China como uma ameaça, ecoando discurso dos EUA sobre o país asiático. Líderes dos países-membros do bloco estão reunidos em Washington nesta semana. Reunião de líderes da Otan em Washington, nos EUA, em 10 de julho de 2024.
AP Photo/Evan Vucci
A Aliança do Atlântico Norte (Otan) acusou a China de abastecer a Rússia para ataques realizados contra a Ucrânia. A declaração feita em documento conjunto dos 32 Estados-membros marca a primeira vez que o bloco militar reconhece a China como uma ameaça.
No documento, produzido após o encontro de líderes do bloco em Washington nesta quarta-feira (10), a Otan chamou a China de uma “facilitadora decisiva” do esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, dizendo que Pequim continua a representar desafios sistêmicos para a segurança euro-atlântica. Além disso, exigiu que os chineses interrompessem o envio de “componentes de armas” e outras tecnologias consideradas críticas para a reconstrução do exército russo.
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A acusação marca uma grande mudança no posicionamento da Otan em relação à China, que até 2019 nunca mencionava oficialmente o país asiático como uma preocupação.
O encontro, que começou na terça (9) nos EUA e tem três dias de duração, celebra os 75 anos da aliança militar ocidental. Entre as pautas discutidas pelos líderes dos países-membros estão os atuais desafios enfrentados pelo bloco e a busca por tranquilizar a Ucrânia quanto à durabilidade do apoio da aliança na defesa frente à invasão russa.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também está participando da cúpula, apesar da Ucrânia não ser membro da Otan. As conversas para o país ingressar ao bloco estão avançando –o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta quarta que o caminho para a entrada da Ucrânia na organização é “irreversível”, mas ainda existem obstáculos para serem superados.
A Ucrânia está em guerra contra a Rússia desde 2022, quando o exército russo invadiu o território ucraniano. Nesta semana, um ataque russo deixou 38 mortos e atingiu diversas regiões do país europeu, entre elas um hospital infantil em Kiev.
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Faixa anunciando cúpula da Otan em Washington, nos Estados Unidos, por conta da cúpula de 75 anos da aliança militar, em 9 de julho de 2024.
Yves Herman/ Reuters
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