Marcelo Lins, Guga Chacra, Sandra Coutinho e outros especialistas analisam os impactos nas eleições após a tentativa de assassinato do candidato republicano neste sábado (13). A cerca de 4 meses das eleições nos Estados Unidos, um atentado contra o candidato republicano, Donald Trump, afeta um cenário político já tenso e altamente polarizado. Veja a seguir as análises dos comentaristas da GloboNews e de especialistas sobre o que pode acontecer com as estratégias das duas campanhas – de Trump e de Joe Biden – e como o eleitor deve reagir ao episódio de violência.
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Guga Chacra
Guga Chacra analisa impactos eleitoral do atentado contra Trump
Guga Chacra, comentarista da GloboNews, diz que já era esperado que houvesse uma guinada em direção ao Trump nas próximas semanas, porque a candidatura de Joe Biden vinha sendo questionada. Segundo Guga, com o atentado, as expectativas em torno da vitória do republicano aumentam (assista acima).
“Ele está com 64,8% de probabilidade, basicamente 2/3. A avaliação que o Trump agora fica mais fortalecido, até porque os democratas não vão atacara o Trump nos próximos dias. É algo completamente descartado nesse momento”, diz Guga.
Marcelo Lins
Marcelo Lins fala sobre atentado contra Trump num cenário político já tenso
Marcelo Lins, comentarista da GloboNews, fala sobre os próximos passos das investigações e diz que adversários de Trump foram rápidos em condenar o atentado e repudiar a violência política. “Cada lado está tentando tirar partido de um fato tão absolutamente fora do script” (assista acima).
“Agora, com esse atentado, me parece que os prognósticos são os piores possíveis. Violência política não pode ser jamais a resposta para nenhuma questão numa disputa – ainda mais numa democracia, ainda mais num país que é referência como os Estados Unidos. Uma das linhas da investigação é tentar entender como é que foi possível haver um atirador em cima de um telhado a menos de 200 metros, que é o que indicam as imagens, e as testemunhas”.
Lins lembra que o país está polarizado e que setores radicalizados, principalmente do lado trumpista, têm sido acusados de alimentar o ódio na política nos últimos anos. “Mas é claro que não se pode descartar a presença de atores tão radicalizados quanto em qualquer outro ponto do espectro político americano”, afirmou.
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Sandra Coutinho
Sandra Coutinho diz quem pode assumir o posto de candidato a vice-presidente após atentado
Sandra Coutinho, comentarista da GloboNews, diz que pode ter aumentado as chances de Marco Rubio e Tim Scott de serem cotados para vice de Trump.
Trump disse que vai levar em conta o atentado no momento de divulgar quem será o seu vice-presidente. “Talvez Marco Rubio (senador da Florida) tenha ganhado um pouco mais de fôlego nessa disputa para ser o candidato a vice na chapa de Trump. Ainda não sabemos. O Tim Scott, senador pela Carolina do Norte, que é o único negro entre as pessoas cotadas, também é jovem e pode também ter aumentado um pouco a chance dele de se tornar o vice-presidente”, disse Sandra (assista acima).
Flávia Oliveira
Ex-presidente Trump foi atingido de raspão na orelha – Flávia Oliveira
Flávia Oliveira lembra que os EUA não são território livre de violência política. “Pelo menos 4 presidentes foram assassinados, e alguns outros tendo sofrido atentados nos seus mandatos.” Segundo ela, é importante que políticos manifestem repúdio à violência durante as campanhas. Ela também fala sobre a postura do presidente Lula após o ataque contra Trump (veja acima).
Carlos Poggio
Carlos Poggio diz que atentado contra Trump pode servir para unir um país dividido
Carlos Poggio, pesquisador na área de relações internacionais e professor da Berea College, nos EUA, fez paralelo com outros momentos da história política dos EUA e analisou o cenário político tenso.
“Eu acho que se tem um efeito talvez positivo deste atentado, dessa violência toda que estamos assistindo, talvez seja isso, de o país de alguma forma se unir, de um país que está muito dividido.” (veja acima)
Paulo Velasco
Paulo Velasco analisa o que muda nas campanhas após atentado contra Trump
Paulo Velasco, professor de política internacional na UERJ, diz que não há dúvidas de que o ex-presidente deve usar esse episódio ao seu favor na campanha eleitoral. “Ele deve dizer que muitas críticas que eram feitas a ele, muitos ataques acabaram estimulado a ação de um radical.” Segundo Velasco, Biden deve dar uma trégua aos ataques a Trump (assista acima).
Uriã Fancelli
Uriã Fancelli diz que vai se apresentar como figura heroica e resiliente
Uriã Fancelli, especialista em relações internacionais pelas universidades de Groningen e Estrasburgo, diz que ataque acontece no momento em todos se voltavam para a possível desistência da candidatura de Joe Biden. “Agora, o Trump mostrando resiliência, ele vai se apresentar como figura heroica e, que apesar dos desafios, continua a lutar pelos seus ideais.”
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