Washington e Moscou trocaram nesta quinta 26 de prisioneiros, em negociação com participação de Alemanha, Turquia e Noruega. Evan Gershkovich, repórter do jornal “The Wall Street Journal”, foi preso em março de 2023 acusado de espionagem. Jornalista americano Evan Gershkovich preso na Rússia suspeito de espionagem durante audiência em Moscou
NATALIA KOLESNIKOVA / AFP
O jornalista norte-americano Evan Gershkovich, repórter do jornal “The Wall Street Journal” preso há mais de um ano na Rússia e condenado por espionagem, será libertado em uma troca de prisioneiros que o governo russo e os Estados Unidos farão nesta quinta-feira (1).
A troca será a maior entres os dois países desde a Guerra Fria. No total, 26 prisioneiros dos dois lados foram trocados. O presidente Joe Biden chamou a troca de “façanha da diplomacia” (veja mais abaixo).
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A informação é do governo da Turquia, que participou como mediador das negociações. Ancara disse que a libertação faz parte de uma grande troca de prisioneiros entre Washington e Moscou, com participação da Alemanha, Polônia, Eslovênia e Noruega.
Gershkovich, que é correspondente do “The Wall Street Journal” na Rússia, foi detido no início de 2023 quando fazia uma reportagem em Ecaterimburgo, cidade no centro-oeste da Rússia. O governo russo alegou que o repórter fazia espionagem, o que o “The Wall Street Journal” e o advogado do jornalista negaram.
O jornalista foi a julgamento este ano e foi condenado a 16 anos de prisão.
O ex-fuzileiro naval norte-americano Paul Whelan, condenado em 2020 a 16 anos de prisão por espionagem, também foi libertado, ainda de acordo com Ancara.
Outro jornalista, o espanhol Pablo González, também está na lista de prisioneiros libertados, mas do lado da Rússia. González estava detido havia dois anos na Polônia acusado de espionar o governo do país para Moscou.
O advogado do jornalista, que nega a acusação, disse ao jornal espanhol “El País” que ele já foi colocado em liberdade.
O governo turco afirmou também que 13 prisioneiros russos serão libertados como parte da troca: dez deles estavam em prisões alemãs e outros três, em presídios dos EUA.
O presidente Joe Biden, além de elogiar o esforço diplomático, disse ter negociado a libertação de 16 pessoas da Rússia —três americanos e um naturalizado americano, cinco alemães e sete russos. “Algumas dessas mulheres e homens foram injustamente detidos por anos. Todos suportaram sofrimentos e incertezas inimagináveis. Hoje, sua agonia acabou”, afirmou.
“Eu acredito que todos os nossos inimigos devem ficar lá (no exterior), e todos aqueles que não são nossos inimigos devem retornar. Essa é a minha opinião”, disse à agência russa Tass o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Rússia condena jornalista dos EUA a 16 anos de prisão por espionagem
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