O Irã disparou cerca de 120 mísseis balísticos em direção a Israel nesta terça (1º), segundo as Forças Armadas israelenses. ‘É uma guerra que a gente aguarda há décadas’, afirma Guga Chacra
O Irã disparou cerca de 120 mísseis balísticos em direção a Israel nesta terça-feira (1º), segundo as Forças Armadas israelenses. O Irã também confirmou os disparos, o que culmina a escalada de tensões entre Israel e o Hezbollah nas duas últimas semanas.
Em resposta, a guarda revolucionaria iraniana afirmou que o atentado é um ato “racional e legítimo”, diante dos assassinatos dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh, e à invasão do Exército israelense ao Líbano, na segunda-feira (31).
O comentarista Guga Chacra, da GloboNews disse que o ataque de Irã contra Israel pode ser encarado como “desespero”, por conta dos suscetíveis ataques de Israel. Esse ataque acontece em um momento em que o Irã está fragilizado, diante das derrotas.
“Israel vem ganhando esse conflito claramente contra os iranianos. O Irã decidiu realizar esse ataque em um momento em que ele está fragilizado. O Hezbollah de hoje não é aquele de um ano atrás. Está extremamente enfraquecido, foi decapitado o grupo e perdeu boa parte do seu arsenal. O Irã ataca até por um desespero, e antecipando o que talvez seria um ataque por Israel”, declarou Guga.
‘O ataque que o Irã faz contra Israel é um ato de guerra’, afirma Danielle Ayres
Para Danielle Ayres, especialista em política internacional na Universidade Federal de Santa Catarina, o ataque que o Irã fez contra Israel já pode ser considerado um ato de guerra.
“Uma coisa é clara, o ataque do Irã contra Israel é um ato de guerra. Por mais que seja uma resposta a morte do líder do Hezbollah, o Hassan Nasrallah, que era um líder que estava dentro de um território que não era do Irã, era do Líbano. Você não retalia ou faz um ataque contra o território de outro país porque um aliado foi atacado. Isso já foi elevado para a guerra”, comentou.
Daniel Souza: “A chance de Israel retaliar esse ataque iraniano me parece bastante grande”
O comentarista Daniel Souza também avaliou que, mesmo com o ataque, o regime iraniano não parece querer uma guerra aberta com Israel.
“Me chamou atenção do regime iraniano dizendo que está preparado caso Israel retalie esse lançamento de mísseis. Me parece que o subtexto é que o ‘Irã não está em guerra a Israel’ ainda. Ou seja, [na visão do Irã] se Israel não retaliar, ‘nós podemos buscar uma estratégia para desescalar’. Me parece que o regime iraniano não tem interesse de uma guerra aberta. Ele se sentiu pressionado a fazer alguma coisa dentro do contexto quando o Hezbollah estava sendo atingido e o regime iraniano ficava desmoralizado”, explicou.
* Estagiária sob supervisão de Ricardo Gallo
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