Fenômeno, que se formou no fim de semana, deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira. Milton subiu de categoria 2 para 4, de um total de 5, em pouco mais de 3 horas. No fim de setembro, outro furacão, o Helene, deixou 230 mortos nos EUA. Moradores de Kissimmee, na Flórida, enchem sacos de areia para proteção contra o furacão Milton.
Gregg Newton/AFP
Em pouco mais de três horas, o furacão Milton, que se formou no fim de semana no Caribe e se aproxima do México e da Flórida, nos EUA, pulou da categoria 2 para 4, em uma escala de 5, nesta segunda-feira (7).
O salto de categorias em um período tão curto é extremamente raro e assustou os meteorologistas, que previam inicialmente que o fenômeno chegasse à categoria 3, já considerada forte. E chegará à Flórida pouco mais de uma semana de o estado ser parcialmente devastado por um dos furacões mais mortais dos últimos anos, o Helene.
Após passar por cinco estados norte-americanos, o Helene deixou um saldo de 230 mortos e um rastro de destruição.
O furacão Milton deve atingir a Flórida na quarta-feira (9), segundo as previsões inciais do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). De acordo com o NHC, chegará pela baía de Tampa e avançará para Orlando.
Antes, o fenômeno deve passar pela península de Yucatán, no México.
Apesar do curto período entre um furacão e outro, o chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências, Deanne Criswell, disse que as autoridades federais estão “absolutamente preparadas” para enfrentar a nova tempestade.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, aumentou para 51 o número de condados em estado de emergência.
O Helene atingiu a costa da Flórida como furacão de categoria 4 em 26 de setembro, e deixou um rastro de destruição terra adentro até as montanhas dos Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações repentinas em cidades remotas de estados como a Carolina do Norte.
A tempestade deixou mais de 220 mortos, transformando-a no segundo desastre natural mais mortal registrado no país desde o furacão Katrina, em 2005.
Notícias falsas atrapalham resgate
Imagens de drone mostram estragos deixados pelo furacão Helene em Horseshoe Beach, Flórida
Nesta segunda, equipes de buscas continuavam trabalhando para buscar sobreviventes da passagem do Helene e levar eletricidade e água potável para as comunidades montanhosas isoladas pela devastação.
O esforço, no entanto, foi afetado por uma onda de informações falsas e teorias conspiratórias, entre elas a afirmação do candidato presidencial republicano Donald Trump de que sua adversária na disputa à Casa Branca, a vice-presidente democrata Kamala Harris, se apropriou indevidamente dos recursos de ajuda e os redirecionou para os migrantes.
Imagens da destruição causada pelo furacão Helene na Flórida.
AP Photo / Mike Stewart / Stephen Smith / Kathy Kmonicek
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