Naim Qassem disse que o grupo extremista se reserva o direito de atacar qualquer lugar em Israel porque seu inimigo fez o mesmo no Líbano e que ‘centenas de milhares, até mais de 2 milhões, estarão em perigo a qualquer momento, a qualquer hora, em qualquer dia’. Naim Qassem
Al Manar TV/Reuters TV via REUTERS
O número dois do Hezbollah libanês, Naim Qassem, disse nesta terça-feira (15) aos israelenses que “a solução” para acabar com a guerra é “um cessar-fogo”, sem o qual, alertou, o movimento pró-Irã realizará ataques em todo território de Israel.
“Uma vez que o inimigo israelense atacou todo o Líbano, temos o direito, a partir de uma posição defensiva, de atacar qualquer lugar” de Israel, “seja o centro, o norte ou o sul. A solução é um cessar-fogo, não estamos falando de uma posição de fraqueza. Se os israelenses não quiserem isso, continuaremos. (…) A resistência [Hezbollah] não será derrotada porque esta é sua terra”, disse Qasem em um discurso transmitido pela rede da formação xiita.
Não houve comentários imediatos de Israel, que diz que sua operação no Líbano tem como objetivo garantir o retorno de dezenas de milhares de moradores forçados a fugir de suas casas no norte de Israel por causa dos ataques do Hezbollah .
Qassem disse que mais israelenses serão deslocados e “centenas de milhares, até mais de 2 milhões, estarão em perigo a qualquer momento, a qualquer hora, em qualquer dia”, apesar de garantir que o grupo extremista vai concentrar seus ataques “nos militares israelenses e seus centros e quartéis”.
Imagem mostra o número 2 do Hezbollah, Naim Qassem, durante discurso em 15 de outubro de 2024
AFP
Israel vem aumentando a pressão sobre o Hezbollah desde que iniciou incursões na região, após matar líderes e comandantes, incluindo seu veterano secretário-geral Hassan Nasrallah, no mês passado, no maior golpe ao grupo em décadas.
Nesta segunda-feira (14), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel continuaria a atacar o Hezbollah “sem piedade, em todo o Líbano – incluindo Beirute e, nesta terça, a agência de refugiados da ONU informou que as ordens de evacuação militar já afetam mais de um quarto do território libanês.
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