Estão em debate os custos operacionais, demandas por veículos elétricos e a concorrência com fabricantes chinesas. Protestos ocorrem na Alemanha. Funcionários entram em greve na principal fábrica da Volkswagen, em Wolfsburg
Hendrik Schmidt/dpa via AP
Trabalhadores da Volkswagen iniciaram greves intermitentes de duas horas nesta segunda-feira em nove das dez fábricas da montadora na Alemanha, para reforçar sua resistência aos cortes salariais e ao fechamento de fábricas, que a empresa afirma serem necessários para lidar com o mercado automotivo europeu em desaceleração.
As paralisações incluíram a planta base da empresa em Wolfsburg, onde os trabalhadores protestaram contra uma iniciativa de corte de custos pela gestão da montadora, que ameaça ser a primeira a fechar fábricas no país de origem da empresa.
A Volkswagen argumenta que precisa reduzir custos na Alemanha para níveis semelhantes aos alcançados por concorrentes e pelas fábricas da Volkswagen no Leste Europeu e na América do Sul. A principal representante dos empregados, Daniela Cavallo, afirmou que os funcionários não devem carregar o peso dos fracassos da gestão em desenvolver produtos atraentes e criar um veículo elétrico de entrada mais barato.
“Exigimos que todos deem sua contribuição – a gestão e os acionistas também”, disse Cavallo no protesto em Wolfsburg, enquanto os trabalhadores batiam palmas, apitavam e aplaudiam.
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Ela disse que a próxima rodada de negociações, marcada para daqui a uma semana, “provavelmente definirá o rumo – aproximação ou escalada. Estamos preparados para ambos”.
As chamadas greves de advertência, uma tática comum nas negociações salariais na Alemanha, estão acontecendo como parte das discussões para um novo acordo trabalhista, após o período de paz obrigatória que impedia as greves ter expirado no domingo. O sindicato IG Metall afirmou que qualquer ação além das ocorridas nesta segunda-feira será anunciada posteriormente.
A empresa está exigindo uma redução salarial de 10% para 120.000 trabalhadores alemães e afirmou que não pode evitar reduzir a capacidade de fábricas que não são mais necessárias. Representantes dos empregados afirmam que a empresa propôs o fechamento de três fábricas na Alemanha.
Thorsten Gröger, líder regional do sindicato IG Metall na Baixa Saxônia, onde a Volkswagen tem sede, disse que a empresa não será capaz de “ignorar” as paralisações. “Se necessário, este será um dos conflitos mais difíceis que a Volkswagen já enfrentou.”
A empresa não detalhou publicamente seus planos, mas está enfrentando uma queda na demanda na Europa, custos mais altos e crescente concorrência de montadoras chinesas. A Volkswagen construiu fábricas para abastecer um mercado automobilístico europeu de 16 milhões de carros vendidos anualmente, mas agora enfrenta uma demanda de cerca de 14 milhões, como foi citado o chefe da marca Volkswagen, Thomas Schaefer, no jornal Welt am Sonntag. Como a Volkswagen possui um quarto do mercado, isso representa uma perda de 500.000 carros por ano.
Por anos, os fortes lucros na China ajudaram a cobrir os custos mais altos, mas o ambiente de mudanças agora significa que “é hora de lidar com isso”, afirmou Schaefer.
As paralisações começaram em uma fábrica em Zwickau, no leste da Alemanha, e continuaram nas fábricas de Braunschweig, Chemnitz, Dresden, Emden, Hanover, Kassel e Salzgitter.
As próximas negociações estão previstas para 9 de dezembro.
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