Executiva entra no lugar de Eduardo Tracanella, que foi demitido do banco por mau uso do cartão corporativo. Um homem entra em uma agência do Itau na avenida Berrini, na zona sul de São Paulo
Marcelo Brandt/G1
O Itaú Unibanco trouxe de volta a executiva Juliana Cury para ser a nova diretora de marketing do banco. Ela ocupa a cadeira que era do executivo Eduardo Tracanella, que foi demitido nesta semana, após a empresa descobrir que ele havia feito o uso indevido de seu cartão corporativo.
Juliana Cury é formada em marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e tem mestrado em administração pelo Insper. Ela trabalhou por 12 anos no departamento de marketing do Itaú Unibanco, de 2008 a 2021.
Antes disso trabalhou como executiva de contas em agências de publicidade como DM9DDB, Mccann Erickson Brasil e Africa Propaganda.
Ela havia deixado o banco, para ser vice-presidente de marketing e vendas da Zamp (master franqueada no Brasil das redes Burger King e Popeyes). No início deste ano, assumiu o cargo de CMO do concorrente Santander.
Segundo o banco, Cury deve assumir a posição dentro de seis meses, após cumprir o período de non compete (em português, “não competição”). Até a chegada dela, o time de marketing do Itaú respode diretamente a Sergio Fajerman, membro do comitê executivo e responsável por pessoas, marketing e comunicação corporativa.
Demissão rumorosa
Eduardo Tracanella, ex-diretor de marketing do Itaú Unibanco.
Divulgação/ Itaú Unibanco
O mercado esperava saber quem ocuparia a cadeira de Eduardo Tracanella, executivo com quase 30 anos de empresa e que comandava o departamento no Itaú Unibanco.
O executivo teria feito gastos pessoais com o cartão corporativo em algumas oportunidades, o que representou uma quebra de confiança que teria motivado a decisão de demissão por desvio de conduta.
As despesas pessoais do executivo foram detectadas em um processo chamado de “escaneamento”, no qual o compliance verifica eventuais gastos e despesas para garantir que estejam dentro de suas políticas e diretrizes. Esse processo é feito de maneira corriqueira pelo banco, principalmente com os funcionários que detenham um cartão corporativo.
Após a detecção dos gastos indevidos feitos por Tracanella, uma investigação interna foi instaurada. Nenhuma outra irregularidade relacionada ao executivo foi encontrada. E apesar de o mau uso do cartão corporativo ser considerado uma quebra das regras de compliance, a ação não configura em crime.
Em nota oficial, o banco reiterou que o mau uso do cartão corporativo foi o único motivo do desligamento de Tracanella. Veja o posicionamento na íntegra abaixo:
“O Itaú Unibanco repudia as alegações infundadas de irregularidades de verbas publicitárias e reitera que atua de forma ética e íntegra como um dos maiores anunciantes do país com todos os seus elos da cadeia de comunicação. O banco confirma que o motivo do desligamento de seu executivo é única e exclusivamente o mau uso do cartão de crédito corporativo, sem prejuízos materiais à Instituição”.
Número de pedidos de demissão bateu recorde no país
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