No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,60%, cotada a R$ 6,0112. Principal índice acionário da bolsa de valores brasileira teve alta de 1,40%, aos 127.858 pontos.
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O dólar opera em alta nesta sexta-feira (6), conforme investidores repercutem os novos dados de emprego dos Estados Unidos e o novo acordo Mercosul-UE, anunciado durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontece em Montevidéu, Uruguai. O encontro ainda conta com a participação da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
Por aqui, o destaque fica com a conclusão do acordo do bloco sul-americano com a União Europeia, após de 25 anos de negociação.
O acordo de Associação Mercosul-União Europeia visa fortalecer a relação entre os países dos dois blocos e, entre outros pontos, facilitar o comércio de bens e produtos entre as duas regiões. (Entenda mais abaixo)
Já no exterior, o foco fica com o payroll, relatório de emprego dos Estados Unidos e que é considerado uma métrica importante para o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em suas decisões de política monetária.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
Dólar
Às 12h17, o dólar subia 0,79%, cotado a R$ 6,0559. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,0604. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda caiu 0,60%, cotada a R$ 6,0112.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,18% na semana e no mês;
ganho de 23,88% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 1,17%, aos 126.364 pontos.
Na véspera, o índice encerrou em alta de 1,40%, aos 127.858 pontos.
Com o resultado, acumulou:
avanço de 1,74% na semana e no mês;
recuo de 4,72% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Os olhos estão voltados para a Cúpula do Mercosul, que pode terminar com a assinatura de um acordo com a União Europeia.
O Acordo de Associação Mercosul-União Europeia visa fortalecer a relação entre os países dos dois blocos e, entre outros pontos, facilitar o comércio de bens e produtos entre as duas regiões — tema que segue sendo alvo de debates e discordâncias, entre especialistas e até mesmo entre os países da UE.
Há muita expectativa sobre quais seriam os termos do acordo e como avançará a negociação entre os países da União Europeia.
Segundo o professor de política internacional da UERJ, Paulo Velasco, uma aprovação do acordo pela maioria obriga os países da União Europeia que votarem contra a cumprir as regras acertadas. “A soberania comercial da União Europeia é da União Europeia”, afirmou, em entrevista à GloboNews.
No entanto, alguns países do bloco europeu são contrários ao acordo, com destaque para a França. O professor pontua que há um grande temor de que o governo francês consiga convencer outros países a se posicionarem contra o acordo nos processos de aprovação dentro do bloco.
Um dos critérios para aprovação de acordos na União Europeia é o populacional — se os países contrários somarem a maioria da população total da União Europeia, eles podem barrar o acordo, destacou Velasco.