Aiatolá Ali Khamenei fez acusação em pronunciamento televisionado nesta quarta (11), mas não apresentou as provas de fato. Ditadura de 25 anos de Bashar al-Assad foi derrubada após ofensiva-relâmpago de grupo rebelde. Líder supremo do irã, o aiatolá Ali Khamenei, em reunião com equipe do presidente Masoud Pezeshkian, em Teerã, na terça (27)
Escritório do Líder Supremo do Irã/via AP
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou nesta quarta-feira (11) que a derrubada do presidente sírio Bashar al-Assad foi resultado de um plano dos Estados Unidos e de Israel.
Khamenei afirmou que um dos vizinhos da Síria também desempenhou um papel na queda de Assad, mas não especificou qual seria o país. No entanto, é possível que ele estivesse se referindo à Turquia, que apoiou os rebeldes anti-Assad e teve um “papel claro [na queda] e continua tendo”, segundo o líder iraniano.
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“O que aconteceu na Síria foi planejado principalmente nas salas de comando dos EUA e de Israel. Temos evidências disso. Um governo vizinho da Síria também esteve envolvido”, declarou Khamenei em um discurso divulgado pela mídia estatal iraniana.
A Turquia, membro da Otan, que controla extensões de território no norte da Síria após várias incursões transfronteiriças contra a milícia curda YPG, tem sido um dos principais apoiadores de grupos de oposição que buscam derrubar Assad desde o início da guerra civil em 2011.
Khamenei disse ainda que avisou Assad em setembro sobre a ameaça dos rebeldes, mas que o ditador ignorou a “ameaça”.
A queda do governo Assad é vista como um grande golpe para a aliança política e militar liderada pelo Irã, chamada de “Eixo de Resistência”, que se opõe à influência de Israel e dos EUA no Oriente Médio. O Irã gastou bilhões de dólares sustentando Assad durante a guerra e enviou sua Guarda Revolucionária à Síria para manter seu aliado no poder.
Nem os Estados Unidos nem Israel se pronunciaram sobre a acusação de Khamenei até a última atualização desta reportagem.
Horas após a queda de Assad, o Irã declarou que esperava que as relações com Damasco continuassem com base na “abordagem visionária e sábia” dos dois países e pediu a formação de um governo inclusivo que representasse todos os segmentos da sociedade síria.
Em seu discurso, Khamenei também afirmou que o fim da ditadura de Bashar al-Assad não enfraquecerá o Irã e que a aliança liderada pelo país se fortalecerá em toda a região.
“Quanto mais pressão você exercer, mais forte a resistência se tornará. Quanto mais crimes você cometer, mais determinada ela ficará. Quanto mais você lutar contra ela, mais ela se expandirá. O Irã é forte e poderoso —e se tornará ainda mais forte”, disse Khamenei.
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