Empresa foi atingida por uma crise de segurança de seus equipamentos, que agravou a pressão financeira. A Boeing entregou um total de 92 aeronaves, queda de 32% em relação ao ano passado. A Boeing nomeou nesta quarta-feira o veterano da indústria aeroespacial Robert “Kelly” Ortberg como seu novo presidente, com a tarefa de reverter a situação difícil da empresa — tanto do ponto de vista financeiro como de uma crise de confiança na fabricante de aeronaves.
Ortberg é ex-presidente da Rockwell Collins, também uma empresa do setor aeroespacial, e assumirá suas funções em 8 de agosto. Ele ocupa o lugar de Dave Calhoun, que anunciou que deixaria o posto em março.
A fabricante de aviões americana passa por uma grave crise após apresentar vários problemas de segurança nos seus aparelhos. Depois de problemas de produção e incidentes de segurança ao longo de 2023, os episódios foram revividos após uma porta da cabine de um 737 MAX 9, da Alaska Airlines, ter se soltado em pleno voo no início de janeiro.
Ortberg tem a missão de revitalizar a produção de jatos e reconstruir a confiança com reguladores, a indústria e o público. A crise pressionou as vendas da Boeing, que reportou um prejuízo de US$ 1,4 bilhão no segundo trimestre.
A empresa também registrou um prejuízo trimestral maior, já que seus problemáticos negócios de defesa e espacial agravaram a pressão financeira sobre a fabricante de aviões dos EUA, que já reduziu a produção de aeronaves comerciais para enfrentar uma crise de qualidade.
A unidade das áreas militar e espacial da Boeing, um de seus três principais negócios, perdeu bilhões de dólares em 2023 e 2022, o que os executivos atribuíram a excessos de custos em contratos de preço fixo.
Esses contratos têm margens altas, mas deixam os contratantes de defesa vulneráveis às pressões inflacionárias que prejudicaram os lucros corporativos dos EUA nos últimos anos.
A fabricante de aviões costumava fazer lances agressivos por contratos de preço fixo antes da pandemia, mas agora disse que abandonará esses contratos para conter perdas no negócio, que totalizaram 1,76 bilhão de dólares no ano passado.
Antes do Farnborough Air Show da semana passada, o chefe da unidade disse que ela foi “significativamente desafiada” durante o trimestre.
O diretor financeiro da Boeing, Brian West, disse em maio que a fabricante de aviões gastará em vez de gerar caixa em 2024, prejudicada pela redução nas entregas de jatos em comparação ao ano passado.
A empresa está atolada em uma crise depois que uma peça de um jato 737 MAX 9 explodiu no ar em janeiro, o que levou a uma desaceleração na produção de seu avião mais vendido e a uma reformulação na gestão, bem como a um intenso escrutínio regulatório e legal.
O regulador de aviação dos EUA limitou a produção de jatos 737 MAX a 38 por mês, mas a Reuters reportou que a Boeing vem produzindo jatos em um nível muito menor há algumas semanas.
Isso levou a entregas menores, frustrando os clientes. Durante o segundo trimestre, a Boeing entregou um total de 92 aeronaves, queda de 32% em relação ao ano passado.
O prejuízo líquido no segundo trimestre somou 1,44 bilhão de dólares, comparado com uma perda de 149 milhões de dólares um ano atrás.
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