Edmundo González deixou o país rumo à Espanha em 8 de setembro, após mais de um mês de perseguição do governo de Nicolás Maduro pós-eleições. Líder opositor venezuelano Edmundo González vota nas eleições presidenciais em Caracas, em 28 de julho de 2024
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
O candidato de oposição Edmundo González revelou pela primeira vez nesta quarta-feira (18) detalhes de sua saída da Venezuela, ocorrida no início do mês. Segundo ele, o regime de Nicolás Maduro o coagiu a assinar um documento para deixar o país.
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O opositor disse foi visitado por membros do governo Maduro na embaixada espanhola em Caracas, onde estava escondido em meio às perseguições, que deram um ultimato para ele. Depois disso, González pediu asilo político na Espanha, onde está atualmente.
“Vou contar a verdade sobre minha saída da Venezuela. (…) O presidente da Assembleia Nacional e a vice-presidente me apresentaram um documento para permitir minha saída do país. Em outras palavras, ou eu assinava ou sofria as consequências. Foram horas muito tensas de coação, chantagem e pressões”, disse González.
O opositor afirmou ainda que o governo venezuelano “sempre recorre a jogo sujo, chantagem e manipulação”, e considerou ser mais útil ele permanecer livre, mesmo que fora do país, do que “preso e impossibilitado de cumprir as tarefas que me foram confiadas pelo soberano”.
O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, rebateu a fala de González e o chamou de mentiroso.
“As únicas coisas que a gente leva para o túmulo são o bom nome e a palavra (…) você está me coagindo para que eu o obrigue, estou disposto a mostrar conversas com Edmundo González (…) se você não desmentir o que acabou de dizer, vou mostrar as gravações e mais coisas”, afirmou Jorge Rodríguez.
Esta reportagem está em atualização.
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