Lee Jae-myung acredita que o país continua vulnerável a uma “nova tentativa de lei marcial”. O partido dele, principal força de oposição ao presidente, pediu a seus 170 deputados que acampem no plenário até a votação do impeachment neste sábado (7). Lee Jae-myung
JUNG YEON-JE / AFP
A democracia da Coreia do Sul está em seu “momento mais crítico”, com a votação iminente do processo de impeachment do presidente e o risco de que ele tente declarar lei marcial novamente, afirmou o líder da oposição Lee Jae-myung à agência de notícias AFP.
“Com a votação de impeachment programada para amanhã, as horas que antecedem o processo são extremamente delicadas”, disse Lee, antes de acrescentar que “esta noite será o momento mais crítico” e que os legisladores planejam permanecer no Parlamento até o fim da votação.
A votação está programada para este sábado (7), às 19h do horário local – 7h de Brasília -, quase quatro dias após o presidente Yoon Suk Yeol decretar a lei marcial, medida que chocou os sul-coreanos e a comunidade internacional.
Seis horas após o anúncio, o chefe de Estado recuou, sob pressão da Assembleia Nacional, onde a oposição tem maioria, e das ruas.
Lee Jae-myung, no entanto, acredita que o país continua vulnerável a uma “nova tentativa de lei marcial”.
“As pessoas podem acreditar que o Exército e a polícia hesitariam em apoiar uma segunda tentativa, mas Yoon poderia aproveitar brechas legais para tentar novamente”, afirmou o líder da oposição.
Além do fechamento da instituição, a lei implicava a suspensão da vida política e o controle militar dos meios de comunicação. Foi a primeira declaração de lei marcial no país em mais de 40 anos, desde que foi ativada em 1980 após o golpe militar de 1979.
O ministro interino da Defesa afirma que tal cenário não acontecerá.
O Partido Democrata de Lee, principal força de oposição ao Partido do Poder Popular (PPP) de Yoon, pediu a seus 170 deputados que acampem no plenário até a votação de sábado para evitar a repetição dos eventos da noite de terça-feira.
“Vamos acabar juntos com esta situação lamentável”, disse Lee ao presidente, a quem fez um apelo de renúncia. “A cada minuto que permanece no cargo, sua culpa e responsabilidade aumentam”, afirmou.
A oposição precisará do apoio de apenas oito integrantes do partido do presidente no sábado para alcançar a maioria de dois terços, ou seja, os 200 votos necessários para aprovar a moção.
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