No dia anterior, a moeda americana caiu 0,32%, cotada a R$ 5,6142. já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em queda.
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O dólar opera em alta nesta terça-feira (3), apesar da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do segundo trimestre de 2024 mostrar um resultado muito acima das projeções.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 1,4% entre abril e junho deste ano. As expectativas do mercado financeiro eram de uma alta de 0,9%.
A semana também é marcada pela divulgação de uma série de dados importantes sobre a atividade econômica pelo mundo. Enquanto investidores esperam pelos resultados, os mercado globais vivem dias de mais cautela e menor aversão aos riscos, com as bolsas pelo mundo registrando baixas.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 13h, o dólar subia 0,52%, cotado a R$ 5,6436. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve baixa de 0,32%, cotada em R$ 5,6142.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,32% na semana;
recuo de 0,32% no mês;
avanço de 15,70% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,32%, aos 134.474 pontos.
Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,81%, aos 134.906 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
alta de 0,81% na semana;
alta de 0,81% no mês;
ganhos de 0,54% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
O Brasil registrou o 12º resultado positivo consecutivo do PIB em bases trimestrais. O saldo vem depois de a atividade econômica brasileira crescer 1% no 1º trimestre. O resultado anterior, de 0,8%, foi revisado pelo IBGE.
Neste 2º trimestre, a Indústria (1,8%) e o setor de Serviços (1%) tiveram altas importantes e compensaram a queda de 2,3% da Agropecuária.
Pelo lado da demanda, todos os itens cresceram. O Consumo das famílias e o Consumo do governo subiram 1,3%, enquanto os Investimentos voltaram a reagir depois de um 2023 muito ruim, com alta de 2,1% neste trimestre.
O mercado, no entanto, segue cauteloso à espera de novos dados da economia americana, com destaque para números do mercado de trabalho, que serão divulgados nesta sexta-feira.
Se os números mostrarem uma desaceleração do mercado, isso pode indicar, para especialistas, que os Estados Unidos podem passar por uma recessão nos próximos trimestres, o que aumenta as incertezas e leva investidores a buscarem ativos mais seguros.
Nesta segunda, depois de operar em alta durante boa parte do dia, o dólar passou a cair e fechou em queda, porque o Banco Central do Brasil (BC) realizou um novo leilão de contratos de câmbio para amenizar as altas recentes da moeda.
No formato de contratos de “swap cambial”, o BC realiza uma operação que equivale à uma venda de moeda no mercado futuro (derivativos), o que reduz a pressão sobre a alta da moeda.
Os swaps são contratos para troca de riscos: o BC oferece um contrato de venda de dólares, com data de encerramento definida, mas não entrega a moeda norte-americana. No vencimento desses contratos, o investidor se compromete a pagar uma taxa de juros sobre o valor deles e recebe do BC a variação do dólar no mesmo período.
Esses contratos servem também para dar “proteção” aos agentes que têm dívida em moeda estrangeira – neste caso, quando o dólar sobe, eles recebem sua variação do BC. Por isso, são uma alternativa para conter o avanço do preço da moeda.
Na sexta-feira, o BC já havia realizado outros dois leilões. Naquela manhã, o BC promoveu um leilão de até US$ 1,5 bilhão no mercado de câmbio à vista, para tentar conter a alta expressiva do dólar nos pregões da semana.
Num leilão de dólar à vista, o BC vende dólares de suas reservas financeiras para aumentar a quantidade disponível da moeda em circulação e baixar seu preço. Mais tarde, conforme a moeda americana voltou a subir próxima ao patamar de R$ 5,70, a instituição realizou o segundo leilão do dia, no início da tarde, este no formato de contratos de “swap cambial”.
O dólar segue sob pressão, por conta da desconfiança dos agentes econômicos a respeito das contas públicas do país. Nesta segunda-feira, o governo federal detalhou as diretrizes do Orçamento Federal.
O projeto de orçamento do ano que vem foi enviado pela equipe econômica ao Legislativo na última sexta-feira (30). O orçamento enviado ao Legislativo pela equipe econômica traz um objetivo de déficit zero para as contas do governo em 2025.
Além do mercado financeiro, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), afirmou nesta segunda que está preocupado com o foco da proposta no aumento da arrecadação de impostos.
* Com informações da agência de notícias Reuters