Protestos pacíficos organizados por estudantes se tornaram um movimento de descontentamento da população e alastrou uma onda de violência no país. A Suprema Corte interferiu para evitar mais óbitos. Homem ensanguentado em meio aos protestos em Bangladesh
REUTERS/Anik Rahman
Após quase uma semana da onda de protestos violentos que tomou conta de Bangladesh, país sul-asiático, e deixou mais de 100 mortos, a situação ainda parece pouco definida.
A principal motivação dos protestos é o sistema de cotas do governo que estabelecia que um terço dos empregos governamentais seriam reservados para parentes de veteranos da guerra de independência do país contra o Paquistão em 1971.
Essa política havia sido abolida em 2018 pelo governo da Primeira-Ministra Sheikh Hasina, mas foi restabelecido em junho deste ano.
Isso motivou o início dos protestos, que começaram com estudantes universitários de forma pacífica, sob o argumento de que o sistema é discriminatório. Os protestantes também pediam um recrutamento baseado no mérito.
A manifestação começou no dia 1º de julho com bloqueios de estradas e ferrovias. Entretanto, logo se transformou em um movimento de descontentamento nacional.
Estudantes de Bangladesh incendiaram a emissora estatal do país
Getty Images/Via BBC
Os protestos se intensificaram na terça-feira (16) e continuaram em uma crescente violenta até sexta-feira (19).
Ao longo da semana, o número de mortes aumentou. Apenas na sexta-feira, 50 pessoas foram mortas e o total de óbitos passou de 100.
No mesmo dia, manifestantes incendiaram uma prisão e libertaram centenas de detentos.
Em resposta aos protestos violentos, o governo determinou o desligando da internet e restringiu os serviços de telefonia, além de decretar um toque de recolher nacional.
A Suprema Corte de Bangladesh anunciou a anulação da maioria das cotas para empregos no governo, determinando que 5% das vagas — e não mais um terço delas — sejam reservadas para os familiares dos veteranos da guerra de independência.
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