Até então, os bombardeios estavam concentrados nos subúrbios do sul da cidade. Ataque de Israel atinge centro de Beirute, capital do Líbano
Reprodução/GloboNews
Israel fez o seu primeiro ataque ao centro de Beirute, capital do Líbano, na madrugada desta segunda-feira (30) – noite de domingo, no horário de Brasília –, dizem agências.
Até então, os bombardeios estavam concentrados nos subúrbios do sul da cidade.
Forças israelenses fizeram um ataque aéreo perto do cruzamento de Kola, no centro de Beirute. O som da explosão foi ouvido por toda a cidade.
O cruzamento de Kola é um ponto de referência popular em Beirute, que concentra muitos táxis e ônibus e pessoas.
Segundo o jornal britânico The Guardian, as primeiras fotos do ataque mostraram dois andares de um prédio completamente destruídos.
Um vídeo mostrou espectadores correndo em direção ao prédio e um corpo mutilado deitado na calçada do lado de fora do edifício.
O ataque aéreo colocou em dúvida quais áreas de Beirute ainda estavam a salvo dos ataques israelenses.
Domingo marcado por ataques
O domingo foi marcado por novos bombardeios no Oriente Médio. Israel realizou novos ataques ao Líbano, deixando mais de 100 mortos e 359 feridos no país, além de bombardeios contra os houthis, um grupo rebelde aliado do Hamas no Iêmen.
Os ataques direcionados ao Líbano foram intensificados por Israel nas últimas semanas, com o objetivo de eliminar membros do alto escalão do grupo extremista Hezbollah.
No sábado (28), Israel anunciou a morte de Sayyed Hassan Nasrallah, número 1 do Hezbollah, e, neste domingo (29), comunicou a morte de outro líder do grupo extremista, Nabil Kaouk.
De acordo com o Ministério da Saúde do Líbano, mais de 1 mil pessoas foram mortas e 6 mil ficaram feridas ao longo das últimas duas semanas. O órgão não detalhou quantos deles eram civis. O governo afirmou ainda que 1 milhão de pessoas — praticamente um quinto da população do país— deixaram suas casas.
Diante da situação, o Papa Francisco disse que os ataques militares na região vão “além da moralidade”.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também se manifestou. Questionado por um jornalista se uma guerra total deve ser evitada, ele disse: “Deve ser evitada. Realmente deve ser evitada”.
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