Governo russo também afirmou haver risco de ‘ingerência externa’ no processo eleitoral venezuelano. País foi às urnas no domingo (28), e, na segunda (29), Maduro foi proclamado vencedor por órgão máximo eleitoral. Oposição contesta e diz que atas com resultados foram ocultadas. Maria Corina Machado e Edmundo González declaram vitória na eleição da Venezuela
Maxwell Briceno/Reuters
Em apoio ao regime de Nicolás Maduro, o governo russo criticou a oposição venezuelana nesta terça-feira (30) e disse que o grupo tem de aceitar o resultado das eleições na Venezuela.
O Kremlin pediu que o grupo opositor deixe de se manifestar contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, aliado da Rússia. Moscou também se disse preocupada com a possibilidade de “ingerência externa” no processo eleitoral venezuelano.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
“Vemos que a oposição não quer aceitar sua derrota e consideramos que deve fazê-lo”, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, instando que a “Venezuela esteja a salvo de qualquer ingerência externa”.
A Venezuela foi às urnas no domingo (28), e, na madrugada de segunda-feira (29), o CNE declarou Nicolás Maduro vencedor com 51,2% dos votos. O principal candidato da oposição, Edmundo González, ficou com 44% dos votos, ainda de acordo com a Justiça eleitoral do país.
No entanto, o resultado foi anunciado com 80% dos votos apurados, e as atas de votação — documentos que registram o número de votos e o resultado em cada local de votação — não foram divulgadas pelo CNE.
A oposição venezuelana contestou o resultado e acusou o CNE de fraude. Na noite de segunda, a oposicionista María Corina Machado afirmou ter tido acesso a 73% das atas, que, segundo ela, dão vitória a Edmundo González.
O grupo oposicionista abriu um site com as atas às que a oposição teve acesso para provar sua versão.
Uma contagem rápida independente à qual o Blog da Sandra Cohen teve acesso nesta terça-feira aponta vitória de González sobre Maduro por 66.2% a 31.2%.
Na segunda-feira (29), nove países da América Latina pediram uma reunião de emergência da OEA para discutir o resultado divulgado pelo CNE. O pedido foi feito por Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
Em uma carta conjunta, os países “manifestam profunda preocupação com o desenvolvimento das eleições presidenciais” na Venezuela e exigem uma “revisão completa dos resultados com presença de observadores eleitorais independentes que assegurem o respeito à vontade do povo venezuelano que participou de forma massiva e pacífica”.
Nesta terça, Brasil, México e Colômbia devem divulgar uma declaração conjunta cobrando a divulgação das atas eleitorais por parte do governo.
Ultimas Noticias
- Após críticas de ministro, Aneel se defende e diz que intervenção ‘indevida’ do governo não resolve apagão de SP
- Cybercab: Tesla apresenta robotáxi, carro sem volantes e pedais
- EXPOFEST IJUÍ 2024 atinge número expressivo de visitantes em um único dia
- Grêmio Esportivo Gaúcho de Ijuí realiza eventos para comemorar 81 anos de história
- INSS amplia acordo para auxílio doença ser pedido em agência dos Correios
- BNDES divulga gabarito de concurso com 150 vagas e salários de R$ 20,9 mil; veja como acessar
- Nobel de Economia 2024 vai para pesquisadores que estudam diferença na prosperidade das nações
- Ijuí Futsal garante vaga na Série Prata 2025