Barnier, ex-ministro de direita de 73 anos, assumirá o posto após dois meses de impasse. Esquerda venceu eleições parlamentares, mas não teve maioria, e legislação francesa permite que presidente nomeie premiê. Jean-Luc Melanchón, líder do bloco esquerdista, convocou protestos. O novo primeiro-ministro da França, Michel Barnier, em imagem de 2022.
Michel Euler/AP
Após meses de paralisia política, da ascensão da extrema direita e de uma vitória surpreendente da esquerda, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (5) ter escolhido o conservador Michel Barnier para ser o novo primeiro-ministro do país.
Com a nomeação, Macron, que sofreu uma dura derrota política em junho, quando seu partido teve um desempenho ruim nas eleições para o Parlamento Europeu, conseguiu driblar a extrema direita e a esquerda e manobrar para seguir governando.
Isso porque Barnier, político de centro-direita, é aliado de Macron — na França , presidente e primeiro-ministro governam em conjunto, mas não precisam, necessariamente, ser aliados, já que cada cargo é eleito em eleições diferentes.
Se o premiê fosse um opositor ao presidente, no entanto, Macron acabaria perdendo autonomia para governar, e seu cargo ficaria limitado a poucas funções dentro da França.
Veterano na política francesa, Barnier, que já foi por quatro vezes ministro da França e chegou a tentar a presidência do país, se tornará o premiê mais velho da história do país europeu. Aos 73 anos, ele sucede Gabriel Attal, que foi o mais novo da história no mesmo cargo.
A França havia ido às urnas em junho para escolher um novo premiê em eleições antecipadas pelo próprio Macron após seu partido ter um desempenho ruim nas eleições europeias. No pleito, que elege deputados de todos os países da União Europeia para constituir o Parlamento Europeu, a extrema direita francesa saiu vencedora.
Na ocasião, um bloco formado por partidos da esquerda saiu vencedor, mas sem alcançar os votos necessários para formar maioria no Parlamento e nomear um primeiro-ministro. As negociações para a formação dessa maioria ficaram paralisadas por conta da realização das Olimpíadas em Paris.
Na retomada das conversas, em agosto, a esquerda sugeriu um nome para ocupar o cargo, mas Macron rejeitou a proposta e decidiu escolher um nome à revelia dos partidos — o que é permitido por lei na França.
Mas, apesar de estar amparada pela Legislação francesa, a decisão de Macron pode ter um alto custo político. Ao escolher um próprio primeiro-ministro, o presidente pode ser alvo de uma moção de censura no Parlamento. Caso seja reprovado, ele tem de deixar o governo.
Na semana passada, Macron foi chamado de “autocrata” pela esquerda francesa ao rejeitar o nome sugerido pelo bloco vencedor. O presidente argumentou que a sugestão do bloco esquerdista atendia apenas aos interesses deles próprios.
Agora, o novo premiê terá agora de formar um novo governo e reativar o Parlamento francês, que estava com as atividades suspensas.
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