Número registra mortes no país desde início do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, em outubro de 2023. Israel Katz, ministro da Defesa israelense.
REUTERS/Ronen Zvulun
O número de mortes no Líbano causadas por ataques israelenses passou de 4 mil, informou o ministério da Saúde libanês nesta quarta-feira (4).
Ao todo, 4.047 pessoas morreram e 16.638 ficaram feridas no país desde o início do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, em outubro de 2023, disse o ministro da Saúde, Firass Abiad.
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Ambos os lados se acusam de violar a trégua desde que entrou em vigor, em 27 de novembro. Israel afirma que realiza bombardeios pontuais contra posições do Hezbollah que violam o acordo de cessar-fogo. O grupo extremista, por sua vez, reivindicou nesta segunda um ataque contra israelenses pela 1ª vez desde o início do cessar-fogo. (Leia mais abaixo)
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Acusações mútuas de violar trégua
Fumaça é vista no sul do Líbano durante acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, em 1º de dezembro de 2024
REUTERS/Stoyan Nenov
Israel e Hezbollah se acusaram na segunda-feira (2) de violar a trégua na guerra travada no Líbano, estabelecida na semana passada. O grupo extremista libanês reivindicou um ataque contra uma posição militar israelense, que prometeu responder. Mais tarde, Israel bombardeou alvos no Líbano.
O Hezbollah afirmou que atacou uma posição israelense nas “colinas ocupadas de Kfar Shouba”, que o Líbano reclama como parte de seu território. O ataque foi “uma primeira resposta defensiva” à “violação” da trégua por parte de Israel, disse o grupo em comunicado.
O ministério da Saúde do Líbano afirmou nesta terça que 11 pessoas morreram no país entre segunda e terça por conta de bombardeios israelenses: um em Jdeidet Marjeyoun, seis mortos e dois feridos em Haris e quatro mortos e um ferido em Talousa.
O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, aliado do Hezbollah, acusou Israel de violar acordo de cessar-fogo “pelo menos em 54 ocasiões”.
A resposta israelense veio durante a noite desta segunda-feira, pelo horário local. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que atacaram dezenas de “alvos terroristas” no sul do Líbano. Nove pessoas morreram e três ficaram feridas, segundo as autoridades locais.
Nabih Berri também fez um apelo ao comitê encarregado de monitorar a trégua, que inclui Estados Unidos e França, para “começar urgentemente suas ações e obrigar Israel a pôr fim às suas violações e a se retirar” do território libanês. Israel nega as acusações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que as ações do Hezbollah são uma “grave violação do cessar-fogo”. Ele prometeu ainda uma resposta com “contundência”.
Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país está cumprindo com sua parte no acordo em resposta “às violações do Hezbollah que exigem uma ação imediata”.
Bombardeios em plena trégua
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Desde a entrada em vigor da trégua, vários bombardeios israelenses foram registrados no Líbano. O Hezbollah, até o momento, não havia anunciado nenhuma resposta.
Um drone israelense foi direcionado nesta segunda-feira contra um posto do exército libanês em Hermel, uma região do vale de Bekaa, no leste do Líbano. A área fica muito distante da fronteira com Israel. O ataque deixou um ferido entre os militares, segundo o exército.
Além disso, um homem morreu em um bombardeio israelense com drone no povoado de Maryayún, no sul do Líbano, informou o Ministério da Saúde.
O acordo de cessar-fogo, promovido pelos Estados Unidos e França, colocou fim a dois meses de guerra aberta entre Israel e Hezbollah. O pacto prevê a retirada do exército israelense do Líbano em um prazo de 60 dias.
Os soldados israelenses invadiram o sul do Líbano em 30 de setembro, uma semana depois de lançar uma campanha de bombardeios massivos contra o movimento islâmico libanês.
O acordo também prevê que o Hezbollah se retire para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira, e desmantele sua infraestrutura militar no sul do Líbano.
A formação libanesa abriu uma “frente de apoio” ao movimento islamista palestino Hamas após o ataque inédito contra o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, o qual desencadeou a guerra em Gaza.
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