Secretário-geral da Organização dos Países Americanos (OEA), Luis Almagro, chamou a prisão de irracionalidade repressiva. María Oropeza (de azul) discursa ao lado da líder da oposição a Nicolás Maduro, María Corina (de branco)
Reprodução/mariaoropeza94
María Oropeza, chefe de campanha de Maria Corina, líder da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela, foi presa na noite desta terça-feira (6).
A prisão foi citada por Mária Corina na rede social X e confirmada pela Comitê de Direitos Humanos do partido Vente Venezuela, coordenado por Corina.
“Peço aos moradores de Guanare que se dirijam à Carrera 17 com a rua 8, onde os responsáveis do regime pretendem prender Maria Oropeza, Diretora do Comando ConVzla en Portuguesa”, escreveu Corina.
O ConVzla é o Comando Nacional de Campanha de María Corina, órgão chefiado por María Oropeza.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, chamou a prisão de irracionalidade repressiva.
“A prisão de María Oropeza soma-se ao arquivo de denúncias de crimes contra a humanidade do regime de Maduro, com mais de 1.000 detenções em consequência de perseguição política. Esta irracionalidade repressiva deve ser interrompida agora”, escreveu Almagro em seu perfil na rede social X.
O vídeo que mostra o momento da invasão ao local onde estaria Oropeza foi divulgado pelo Comitê de Direitos Humanos do Vente Venezuela. O partido alega que o imóvel foi invadido à força e sem ordem judicial. (Veja abaixo)
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Essa não é a primeira prisão feita pelo governo do presidente Nicolás Maduro. Na quinta-feira (1º), ele disse ter prendido mais de 1.200 pessoas após os protestos que tomaram o país depois da eleição venezuelana em 28 de julho. Maduro também prometeu capturar outras mil pessoas.
A própria María Corina teme ser alvo de prisão, segundo um artigo publicado no jornal americano “The Wall Street Journal”.
Apenas três dias após a eleição na Venezuela, Maduro disse que María Corina e Edmundo González, candidato da oposição, deveriam “estar atrás das grades” e afirmou que “a justiça chegará para eles”. A fala de Maduro, que segundo ele é uma “opinião na condição de cidadão”, foi uma resposta a uma repórter Madeleine García, da TV venezuelana “Telesur”, durante coletiva com membros da imprensa nacional e internacional.
Entenda a crise na Venezuela
Nicolás Maduro foi declarado o vencedor das eleições de 28 de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na segunda-feira (29). O órgão responsável pelas eleições no país é presidido por um aliado do presidente.
Maduro foi reeleito com 51,95% dos votos, enquanto seu opositor, Edmundo González, recebeu 43,18%, com 96,87% das urnas apuradas, segundo números do CNE atualizados na tarde desta sexta-feira (2).
A oposição e a comunidade internacional contestam o resultado divulgado pelo órgão eleitoral e pedem a divulgação das atas eleitorais. Segundo contagem paralela da oposição, González venceu Maduro com 67% dos votos, contra 30% de Maduro.
Com base nessas contagens, Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai declararam que o candidato da oposição venceu Maduro.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também não reconheceu o resultado das eleições presidenciais. Em relatório feito por observadores que acompanharam o pleito, a OEA diz haver indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.
O relatório também afirmou que o regime venezuelano aplicou “seu esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.
Brasil, Colômbia e México divulgaram uma nota conjunta na quinta-feira (1º), pedindo a divulgação de atas eleitorais na Venezuela. A nota pede também a solução do impasse eleitoral no país pelas “vias institucionais” e que a soberania popular seja respeitada com “apuração imparcial”.
O Brasil já vinha pedindo que o CNE — órgão controlado na prática por Maduro — apresente as atas eleitorais, espécie de boletim das urnas.
Esta reportagem está em atualização.
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