Apesar das declarações, presidente russo afirmou que usar armas nucleares seria uma “medida extremamente excepcional” e que não pretende envolver o país “em uma nova corrida armamentista”. Vladimir Putin em anúncio sobre novo treinamento nuclear
Sputnik/Mikhail Metzel/Pool via REUTERS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que o país realizou um novo treinamento para testar suas forças nucleares, nesta terça-feira (29) – o segundo exercício desse tipo realizado por Moscou em duas semanas.
Em vídeo divulgado pelo Kremlin, Putin disse que usar armas nucleares seria uma “medida extremamente excepcional”, mas elas precisam estar prontas, e justificou:
“Continuaremos a melhorar todos os seus componentes. Os recursos para isso estão disponíveis. Ressalto que não vamos nos envolver em uma nova corrida armamentista, mas manteremos as forças nucleares no nível de eficiência necessária. (…) Dadas as crescentes tensões geopolíticas e o surgimento de novas ameaças e riscos externos, é importante ter forças estratégicas modernas e constantemente prontas para uso”.
A Rússia tomou 196,1 km² do território ucraniano entre os dias 20 a 27 de outubro, marcando o avanço semanal mais rápido das forças russas neste ano, segundo o grupo de mídia russo Agentstvo, que analisou mapas de fontes abertas ucranianas, informou a agência Reuters.
Soldado ucraniano usa um lançador de granadas na direção de Avdiivka, na linha de frente em Donbas
Getty Images/Via BBC
A guerra que já dura dois anos e meio está entrando na fase que os oficiais russos dizem ser a mais perigosa, à medida que as forças russas avançam e o Ocidente pondera sobre como o conflito irá terminar, conforme a agência.
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As forças russas, que o presidente Vladimir Putin ordenou a entrarem na Ucrânia em fevereiro de 2022, avançaram em setembro na sua taxa mais rápida desde março de 2022, de acordo com dados de fontes abertas, apesar de a Ucrânia ter tomado uma parte da região russa de Kursk.
“O exército russo não teve um avanço semanal tão rápido desde pelo menos o início deste ano,” disse o Agentstvo, que é considerado pela Rússia um “agente estrangeiro”, em seu canal no Telegram.
O veículo de informação afirmou ter utilizado dados brutos dos analistas de inteligência de fontes abertas da Ucrânia para chegar a essa conclusão.
Entre os territórios tomados na semana passada, o exército russo avançou 95 km² perto da cidade de Vuhledar e 63 km² perto da cidade de Pokrovsk. Ambas estão na região de Donbas, no leste da Ucrânia.
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O Agentstvo afirmou que as defesas ucranianas em Donbas foram enfraquecidas pela decisão de Kiev de enviar tropas para a região de Kursk da Rússia, já que os russos não transferiram tropas do Donbas para Kursk.
O avanço das forças de Moscou, que controlam pouco menos de um quinto da Ucrânia, destacou a vasta superioridade numérica da Rússia em homens e material, enquanto a Ucrânia pede mais armas aos aliados ocidentais, informou a agência.
A Rússia controla a Crimeia, que anexou da Ucrânia em 2014, cerca de 80% do Donbas — uma zona de carvão e aço composta pelas regiões de Donetsk e Luhansk — e mais de 70% das regiões de Zaporizhzhia e Kherson.
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