Rússia diz que decisão dos EUA de instalar mísseis na Alemanha indica retorno da ‘Guerra Fria’ e promete resposta militar

Governo russo viu anúncio conjunto de aliados da Otan como ameaça à segurança do país. Armamento norte-americano deve chegar à Europa em 2026. O presidente dos EUA, Joe Biden, junto do chanceler alemão, Olaf Scholz, e do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg
REUTERS/Yves Herman
A Rússia disse nesta quinta-feira (11) que o plano dos Estados Unidos de instalar mísseis de longo alcance na Alemanha, anunciada durante cúpula da Otan na quarta, levará a um confronto ao estilo da Guerra Fria entre os russos e o Ocidente.
“Estamos dando passos firmes em direção à Guerra Fria. Todos os atributos da Guerra Fria com uma confrontação direta estão retornando”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a um repórter da TV estatal russa.
O governo russo também prometeu desenvolver uma resposta militar à decisão dos Estados Unidos de instalar mísseis na Alemanha. As informações foram divulgadas pela agência estatal russa RIA nesta quinta-feira (11).
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Na quarta-feira (10), durante o encontro da Otan, Estados Unidos e Alemanha fizeram um anúncio conjunto sobre a instalação de armamento norte-americano em solo alemão.
Segundo as autoridades, mísseis de longo alcance dos Estados Unidos começarão a chegar à Alemanha em 2026. O objetivo seria combater uma ameaça crescente que a Rússia representa à Europa.
“Não podemos descartar a possibilidade de um ataque contra a soberania e integridade territorial dos Aliados”, afirmaram.
Como resposta, Moscou afirmou que a instalação de mísseis norte-americanos na Europa irá prejudicar a segurança da Rússia.
Os russos não deixaram claro qual seria o tipo de resposta militar que estaria sendo elaborada contra Alemanha e Estados Unidos.
A instalação de mísseis terrestres de longo alcance era proibida pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, assinado pelos Estados Unidos e pela União Soviética em 1987. No entanto, o acordo foi encerrado em 2019.
VEJA TAMBÉM:
Sem provas, Rússia responsabiliza Ucrânia por ataque a hospital pediátrico em Kiev
Sem provas, Rússia responsabiliza Ucrânia por ataque a hospital pediátrico em Kiev
VÍDEOS: mais assistidos do g1